Famílias Multiculturais
Como lidar com as diferenças?
Vivemos num mundo globalizado. E isso não se aplica apenas à economia e ao mercado de trabalho, mas também às novas configurações familiares que se apresentam.
Há algumas décadas era raro ver pessoas de nacionalidades diferentes se unindo em matrimônio; normalmente o cônjuge era alguém que vinha não só do mesmo país, mas muitas vezes do mesmo circulo social e de uma família há muito conhecida.
A tecnologia quebrou muitas barreiras, e uma delas foi a da socialização com pessoas de diferentes países e culturas. Hoje podemos nos aventurar a uma temporada no exterior, seja para estudar, trabalhar ou mesmo curtir as férias, e dessa aventura pode surgir um relacionamento que se transforma em matrimônio e então numa família multicultural. E junto com este amor surgem as inseguranças do desconhecido, afinal, se mesmo com parceiros que possuem uma herança cultural semelhante à nossa os relacionamentos muitas vezes esbarram em diferenças profundas, quando as origens e os hábitos são ainda mais diversos, as chances de confronto podem ser ainda maiores. Como lidar com isso?
Primeiramente é fundamental ter a consciência de que as diferenças existem e que não devem ser ignoradas. Diferenças de criação, de hábitos e de aspectos culturais que internalizamos desde a infância surgirão ao longo do relacionamento e é de extrema importância que estas diferenças sejam apontadas e discutidas, a fim de buscar um equilíbrio entre os dois lados.
Outro ponto fundamental é entender que o diferente não deve ser visto como errado ou equivocado, mas sim como um aspecto novo e que pode vir a somar e contribuir com a visão já existente que temos de algo. Um erro banal que mina grande parte dos relacionamentos é tomar o que é estranho como equivocado e estar sempre em tom de crítica em relação ao diferente. Aqui é preciso ter empatia e compreender que, o que para nós pode ser algo impensável, para o outro é muitas vezes o habitual.
A melhor estratégia que se pode ter é o diálogo, unido à busca do equilíbrio entre os dois mundos. Afinal, ter mais de uma perspectiva a respeito de algo, faz com que possamos escolher um caminho ainda melhor e mais seguro para aquilo que buscamos. Isso vale inclusive em relação à criação de filhos: nenhum modelo é perfeito, mas se podemos comparar dois modelos diferentes e unir o melhor de cada um deles, com certeza estaremos fazendo a melhor escolha possível.
Se você se identificou com o texto e também faz parte de uma família multicultural*, que muitas vezes se vê perdida e confusa para lidar com as diferenças, entre em contato conosco e agende sua sessão.
por Rachel Schatz
*Oferecemos atendimento familiar também em inglês e espanhol.